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 Tuna Mista da Universidade Atlântica



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Esperemos ser breves!

 


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Cancioneiro

Capas Negras


As cordas vibrando, as vozes cantando, a eterna e doce balada,
E atrás de uma janela, escuta uma alma encantada ,
E aquela linda donzela, calada não disse nada,

Capas negras, Santa Clara, da tricana à universidade,
Ó Mondego tens nas águas, todo brilho desta cidade.

A lua a brilhar, a brisa a soprar, naquele encantado penedo,
E uma guitarra chorando, baixinho quase em segredo,
Notas que vão embalado, beijos trocados a medo.

 

AMEQE (Assim mesmo é que é)


Lá na aldeia donde eu sou, não perdoo às raparigas,
Se uma, o olho me deitou, ponho-me logo em intrigas.
Dou-lhe dois ou três beijinhos, e vai de bater o pé,
Que eu não quero mexericos, e assim mesmo é que é.

Ai rapariga, se fores à fonte,
Vai p’lo carreiro que chegas lá mais depressa
Ai tem cuidado, com os rapazes,
Loucos por ti, vê lá se algum tropeça!

Noutro dia a Rosinha que é baixinha e trigueira,
Foi ao baile com o António e andaram na brincadeira.
E agora já namoram e é tão bom de ver ai é,
Qualquer dia hão-de casar, e assim mesmo é que é.

Esta vida são dois dias, diz o povo e tem razão
Se é assim tão pouco tempo vou gozá-la até mais não
E se encontrar minha amada, sorridente e cheio de fé,
Vou levá-la ao altar, e assim mesmo é que é.

Ai rapariga, rapariga, rapariga, rapariga,
Rapariga, rapariga, tem cuidado
Ai rapariga, rapariga, rapariga, rapariga,
Rapariga, rapariga,
E assim mesmo é que é!

 

Madalena

Chorar (Chorar), como eu chorava (como eu chorava),
Ninguém (ninguém), pode chorar (pode chorar),
Amar, (Amar), como eu amava (como eu amava),
Ninguém(ninguém), deve amar (lai lá lá, lai lá lá lai,lá lá...)
Chorava que dava pena (lá lá lai lá lá lai lá lá lá)
Por amor a Madalena, mas ela, me abandonou
E assim murchou em meu jardim, essa linda flor

Lá lai, lá lai lá lá , lá lai lá lá
Lá lai, lá lai lá lá, lá lai lá lá
Madalena foi como anjo salvador que eu (que eu)

Adorava com fé (lai lá lá lai lá lá)
Um barco sem timão perdido em alto mar
Ai Madalena (sei de amor) sei de amor (sei de amor)

 

A História do Zé Passarinho

Pela saída que tem
Da vadiagem alguém
Chamou-lhe Zé Passarinho
Fala em verso e as mulheres

Ao fim de duas colheres
Leva-as no bico p'ró ninho

Sabe os fados do Alfredo
Rima que até mete medo
Nesta função é doutor
Tem os tiques de fadista
Mão no bolso, lenço e risca
"Baixem a luz por favor!"

Numa triste noite ao frio
Cantava-se ao desafio
Para aquecer as paixões
Quando um estranho se levanta
Para mostrar como se canta
Faz-se à Rosa dos Limões

Aiii... O povo ficou... sentido
Com aquele destemido
Hás-de morrer engasgado!
Palavra puxa palavra
Desata tudo à estalada
Com o posto ali ao lado

Nem foi preciso a carrinha
Tudo na sua perninha
Numa linda procissão
Das perguntas com carinho
Ficou preso o Passarinho
Só para investigação

Nasce o dia atrás da Sé
E ninguém arreda pé
Nem por dó, nem por esmola
O povo ficou sentado
Para ouvir cantar o fado
Passarinho na gaiola

 

Traçadinho

Vejo a lua duas vezes, e o chão está abanar,
Que diabo aconteceu, como é aqui vim parar.
As pernas estão a tremer, isto agora vai ser bom,
Queria cantar um fadinho, mas não acerto no tom.

Desta vez estou mesmo à rasca,
Vou-me pirar de mansinho,
Não volto àquela tasca,
Não bebo mais traçadinho.

Tenho a guitarra partida, esta noite é p’rá desgraça,
Não conheço esta avenida, afinal o que se passa.

Esta vida é de loucos, esta vida é ir e vir,
Por que um homem bebe uns copos, começa logo a cair.

 

Águas do Dão

Quando Deus criou o mundo, por bondade ou brincadeira,
Fez o céu depois a Terra, e a seguir a parreira,
É a alegria da vida, que a gente sente melhor,
O vinho é coisa santa, não o bebesse o prior.

Ai amor, (ai amor) Como é que isto vai parar?
Foram as águas do Dão, fiquei de pernas pró ar!

E quando falta a coragem, p’rá garota conquistar,
Há sempre uns copos à espera, que nos podem ajudar!
Em tempo de marração, quando tudo corre mal,
Uma noitada nas águas, levanta logo a moral!